Com um ano de atraso, devido à pandemia da covid-19, as olimpíadas de Tóquio 2020 começaram oficialmente no dia 23 de julho 2021. Com a ausência do público participante nas arenas de competição e outras áreas de atividades para os fãs de esporte, as marcas tiveram que se reinventar, atraindo as pessoas para criar engajamento e envolver a torcida.
Com a limitação de pessoas dentro dos estádios, o território digital se tornou o campo de maior relevância estratégica dos patrocinados, além de claro, dos atletas, que são figurinhas carimbadas nas campanhas, dialogando diretamente com os espectadores, dialogando diretamente com o público, um reflexo do crescimento do marketing de influência.
Os desafios enfrentados pelos atletas para participar dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, suas trajetórias e os valores que representam, como superação, resiliência e disciplina, ajudam as marcas a humanizar a relação e estabelecer conexão com os consumidores.
Atletas desde sempre inspiram a população e as marcas, utilizando os atletas como parceiros dentro e fora das redes sociais, pois com as redes sociais, esse contato foi ampliado para que os fãs se sentissem ainda mais próximos e inspirados pelos atletas, além de conhecerem melhor os seus ídolos esportistas e acompanhando os bastidores da maior competição de esporte do mundo. Os atletas representam os valores que a marca carrega e ajuda a contar a história, tornando esses atributos da marca um chamativo para aproximar ainda mais o público, colaboradores, consumidores e até parceiros de negócios.
Se você não sabia, o COI, comitê olímpico internacional, impõe sérias regras de exibição de empresas privadas durante as Olimpíadas, permitindo somente os fornecedores de materiais esportivos usados pelos atletas, mas mesmo assim, as marcas enxergam no esporte olímpico uma excelente maneira de realizar o impacto social, afinal, o apoio dos atletas faz parte da estratégia de campanha, enxergando nos esportes a conexão e o compromisso com os princípios que o esporte tem em contribuição da sociedade, como cooperação, adaptação, justiça, espírito de união, honestidade e aprimoramento contínuo e o período dos jogos olímpicos que os atletas mais precisam de apoio.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos vão muito além de alguns dias de competição e envolvem milhões de pessoas que enxergam no esporte uma ferramenta de desenvolvimento social com grande potencial de mudar vidas e com o propósito também de inspirar a juventude, valorizando o esporte enquanto ferramenta de transformação social, sendo assim, é natural as empresas buscarem atletas que representem seus valores e símbolos, como superação, determinação, foco e disciplina. Os atletas tornam-se embaixadores das marcas.
A “fadinha” Rayssa Leal conquistou no dia 25 de julho, a medalha de prata no Skate Street, sendo a brasileira mais nova a ganhar uma medalha olímpica, tendo apenas 13 anos, e sem dúvidas, já se tornou um dos símbolos destes Jogos Olímpicos e pelo seu talento e engajamento nas redes sociais, é a nova estrela de uma campanha publicitária global! Com o propósito de tornar o skate mais inclusivo, sobretudo ao público feminino, a Nike divulgou o vídeo “Novas Fadas”, que pertence à campanha global de patrocínio olímpico chamada “Vai no Novo”.
Rayssa viralizou aos sete anos com um vídeo em que faz a manobra heelflip com uma fantasia de fada, o que abriu caminho para sua curta e já bem-sucedida carreira.
Em geral, atletas olímpicos ou de grande desempenho representam o valor da excelência, com o qual as marcas querem estar vinculados. Há ainda a questão da visibilidade: quanto mais popular é um esporte, maior a exposição da marca. Mas é sempre importante ponderar se aquela pessoa que vai carregar o seu nome representa de fato seus valores, profissional e pessoalmente, porque o consumidor não desvincula um lado do outro.
O consumidor, sobretudo quem acompanha mais de perto o esporte, sabe quais são as marcas que apoiam e incentivam o esporte nacional. Essa valorização é importante, assim como o apoio aos atletas olímpicos menos famosos, não só no período olímpico, mas também fora dela.